Retrospectiva...

Nesses cinco meses de tentativas vi muitos bebes nascerem, outros serem concebidos tanto por mulheres que sonhavam em ser mães como por meninas inexperientes que não contavam com uma gravidez tão precoce. E tudo de alguma forma tem aguçado ainda mais o meu enorme desejo de ser mãe.

Desejo que não sei exatamente quando surgiu. Isso me remete a minha própria infância. Acho que desde sempre tive um instinto maternal. Sempre fui aquela irmã super protetora, a amiguinha mais cuidadosa de todas... e em todas as brincadeiras de casinha, das quais tenho lembrança, abracei o papel principal: "a mãe". 

Na adolescência, ajudei muitas amigas, primas e até mesmo uma tia com seus bebes e assim que entrei na universidade ajudei minha mãe a criar e educar a minha irmã caçula. A vi sorrir pela primeira vez, segurar a cabecinha sozinha em meus braços, virar-se sozinha na cama, engatinhar pela casa toda, balbuciar as primeiras palavras e dar seus primeiros passos... Foi uma experiência incrível...

Um dia porém casei e não pude trazê-la comigo para o meu novo lar, minha mãe não deixou. E percebi que aquela bonequinha linda não era minha e se quisesse viver a mesma experiência, de forma ainda mais intensa, sem correr o mesmo risco de ter que "abandonar", teria que eu mesma ter o meu próprio bebê.

Para isso entretanto, precisava me adaptar a nova cidade e a minha nova vida. Além de perder os medos inerentes a uma gravidez. Nesse meio tempo passaram-se três anos e um mês até que me sentisse definitivamente pronta para ser mãe e iniciar as tentativas.

O resto da história todos conhecem, embora ainda não tenha um desfecho final. Mas, cada dia que passa estou ainda mais estou confiante de que em breve entrarei para o rol das mamães que mencionei no início deste post.