quarta-feira, 31 de julho de 2013

Constatação...


Desde 2009 venho registrando nesse espaço o meu desejo de ser mãe. Por motivos diversos, em diferentes ocasiões, reprimi a minha vontade de vir aqui relatar os segredos que guardo na alma relacionados ao bebê dos meus sonhos...

Olhando o histórico das minhas postagens (na barrinha ao lado) constatei que o ano passado foi o ano em que menos fiz publicações nesse meu cantinho. Um dos inúmeros motivos que me levaram a ficar tanto tempo sem escrever sobre o meu sonho de maternidade está relacionado a como o meu esposo se sente em relação ao fato de expor a nossa história de infertilidade na internet.

Em setembro de 2010 eu até tratei desse assunto. De lá para cá as coisas não mudaram muito. Meu esposo ainda demonstra uma certa insatisfação quando me vê lendo ou escrevendo algo relativo a maternidade. Mas, hoje eu já não dou tanta atenção a isso. Enquanto ele não traduzir a sua insatisfação com palavras, olhando diretamente em meus olhos, eu vou continuar registrando nesse espaço tudo que senti vontade...

Comprovei, por mim mesma, que escrever sobre o meu sonho de maternidade é uma terapia. Me auxilia a conter minha ansiedade e me trás a lembrança que todos os sonhos são possíveis no Senhor!

domingo, 28 de julho de 2013

Respondendo questionamentos...


Durante muito tempo procurei deixar registrado aqui no blog sentimentos em detrimentos de ações e procedimentos (falo disso bem aqui). Mas, vez por outra alguém, que acompanha a minha história, me pede mais detalhes sobre  as causas da minha infertilidade e os procedimentos que tenho realizado para superá-la...

Embora o blog não tenha sido criado com a finalidade de descrever ações e procedimentos como tentante, me sinto em dívida com essas pessoas que sempre passam por aqui e deixam palavras de incentivo, força e fé. Por isso, resolvi registrar um pouquinho mais sobre o caminho que tenho percorrido como tentante de uma forma um pouco mais específica.

Talvez ainda não esteja sendo clara o suficiente, mas pelo menos estou tentando responder aos poucos algumas das inúmeras perguntas que me fazem nos "bastidores" (comentários de minhas publicações). 

Se repararem bem a minha primeira iniciativa de atender a esses questionamentos foi criar uma barrinha logo em cima da página do meu blog intitulada "Procedimentos adotados como tentante". Na sequência, comecei a retomar alguns assuntos que já tinha exposto no blog, só que com uma riqueza maior de detalhes, como por exemplo, as etapas da minha Fertilização em vitro (minhas três publicações anteriores).

Espero com isso satisfazer curiosidades e ajudar pessoas que, como eu, estão enfrentando problemas de fertilidade.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Minha punção folicular...


No dia 10 de maio desse ano, acordei mais cedo do que o de costume. Precisava me dirigir ao hospital onde seria realizada a punção dos meus óvulos.

Estava um pouco ansiosa, não sabia ao certo o que me aguardava... quase não falei durante todo o percurso de casa até o hospital. 

Chegando lá fui conduzida até uma anti sala do centro cirúrgico. Lá encontrei alguns rostos familiares, algumas médicas e a enfermeira lá da clínica e mais duas conhecidas que também iriam fazer a punção de óvulos. Nessa manhã foram realizadas quatro punções. Cada uma por uma médica diferente.

Antes de entrar no centro cirúrgico troquei algumas figurinhas com as outras mulheres que fizeram a punção nesse mesmo dia. Duas delas já tinham filhos dos seus primeiros casamentos. Estavam fazendo a FIV (Fertilização in Vitro) para atenderem ao desejo de ser pai de seus atuais esposos. A outra, assim como eu, estava tentando ter o seu primeiro filho(a).

Fui a última a entrar no entro cirúrgico. Minha médica foi a última a chegar, porém era a mais experiente de todas. Ela é referência em Reprodução Assistida no Estado de Pernambuco. 

Entrei no centro cirúrgico bem descontraída. A equipe que me assistiu me passou muita segurança. Após a anestesia eu apaguei literalmente. Quando acordei já estava sendo transferida para o quarto ao lado. Meu sorriso ia de orelha a orelha. Todos notaram e até brincaram dizendo que queriam ser anestesiados também pois desconfiavam que foi acrescentado a minha anestesia uma dose de felicidade!

Minha médica já tinha saído pois tinha que realizar uma transferência de embriões lá na clínica e ninguém sabia me informar quantos óvulos tinham sido puncionados dos meus ovários.

Minutos depois recebi uma ligação lá da clínica. Uma voz do outro lado da linha me informou que minha punção tinha sido realizada com sucesso. Tinham sido puncionados sete óvulos e até o meio dia entrariam em contato novamente comigo para dizer quantos deles estavam maduros e foram fecundados. Nessa hora fiquei um pouco desapontada. Eu tive menos óvulos puncionados que todas as outras e fiquei com muito receio que nenhum deles estivesse maduro.

Entretanto, a enfermeira lá da clínica me garantiu que sete óvulos é um número muito bom. Ela fez menção que quantidade não é qualidade e o que determina  uma FIV bem sucedida não é a quantidade de óvulos puncionados e sim a qualidade desses óvulos. 

O que ela disse não me tranquilizou muito. Eu apenas imaginava o que podia ter dado errado... Por que tão poucos óvulos se todas as outras tiveram mais de 12? A alegria deu lugar ao medo. Não conseguia parar de pensar que talvez nenhum dos poucos óvulos puncionados fossem fertilizados...

Recebi alta meia hora depois do procedimento. Fui até a clínica pegar um atestado para levar ao trabalho e vê se conseguia falar pessoalmente como o embriologista, que por sinal é pioneiro na técnica de Fertilização em vitro aqui no Brasil. 

Ele foi muito gentil comigo, mas não pode me dá nenhuma outra informação além da que eu já tinha, pois meus óvulos e os espermatozoides do meu esposos ainda estavam sendo analisados. Me assegurou que assim que tivesse novas informações alguém lá da clínica me ligaria.

No caminho de casa parei em um shopping. Queria me distrair um pouco na esperança de não pensar muito no assunto. Mas não adiantou muito. Então voltei para minha residência e enquanto subia as escadas, do prédio onde moro, recebi a ligação que aguardava ansiosa...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Minha estimulação ovariana...


Como mencionei, na postagem anterior, iniciei a estimulação ovariana no dia 30 de abril desse ano. Todas as noites eu mesma  aplicava em minha barriga 225 ui de gonal. Foram ao todo oito dias de aplicação dessa medicação. 

Sempre que injetava o líquido em minha barriga me sentia um pouco mal, parecia que estava sendo egoísta demais... estava correndo em busca de um sonho enquanto minha mãe iniciava a sua luta contra o câncer... 

No entanto, bem lá no fundo, sentia que estava fazendo a coisa certa. Desisti do meu tratamento não iria fazer a menor diferença naquela período. Apesar do diagnóstico minha mãe estava muito bem e seu tratamento não iria começar imediatamente. Antes ela precisaria passar por mais alguns exames, fazer uma nova biópsia, ser consultada por alguns oncologistas específicos... para só então, após constatação do estadiamento da doença saber exatamente que tipo de tratamento ela seria submetida.

Apesar do turbilhão de emoções que estava vivendo meus ovários responderam muito bem a medicação e no dia 05 de maio eu comecei a aplicar também uma ampola de cetrotide de 0,25 mg (medicação que bloqueia a produção do LH). Desse dia em diante eu já começava a senti uma pressão no meu baixo ventre. Me sentar e me levantar passou a causar um certo desconforto. Mas, todo o desconforto era suportado com muita satisfação, pois era por uma boa causa.

Foram três noites de aplicação concomitante de gonal e cetrotide. Nas duas primeiras, por receio de não aplicar da forma correta o cetrotide, me dirigir a emergência do hospital que costumo ser atendida. Mas, tive alguns aborrecimentos na segunda noite e na terceira eu mesma fiz a aplicação das duas medicações. 

Toda essa estimulação ovariana foi monitorada por ultrassons transvaginal, a cada dois dias de estimulação. No oitavo dia haviam em meus ovários um bom número de folículos, de tamanho ideal, para fazer a captação/punção dos óvulos. Essa etapa do tratamento finalmente estava chegando ao fim.

Na noite do dia 08 de maio eu mesma apliquei a última ampola de cetrotide juntamente com 250 mg de ovidrel (medicação que promove o amadurecimento final dos óvulos e liberação dos mesmos) e na manhã do dia 10 me dirigir ao hospital combinado para fazer a punção dos óvulos (2ª etapa do tratamento). 

Na minha próxima publicação faço questão de registrar como foi essa segunda etapa do tratamento.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Como minha FIV começou...


Hoje amanheci com uma vontade enorme de deixar registrado aqui todas as etapas do meu tratamento. Talvez esteja com receio de um dia vir a esquecer de tudo o que vivi e como o Senhor se fez presente em todos esses momentos...

O começo da minha FIV (Fertilização in Vitro) foi um pouco turbulento. Tinha acabado de fazer uma bateria enorme de exames. Todos eles já haviam sido verificados pela médica que faria o meu tratamento, estavam todos normais. Eu finalmente poderia recorrer a técnicas de reprodução assistida na tentativa de vê o meu sonho de ser mãe ganhar vida...

Enquanto fazia uma ultrassom, lá mesmo na clínica onde faria a minha FIV, minha menstruação deu as caras, mas foi constatada a presença do corpo lúteo, ele ainda não tinha regredido. Voltei para casa com a requisição de alguns exames hormonais e teria que retornar no dia seguinte para confirmação (via ultrassom) de regressão do corpo lúteo e análise dos resultados dos exames solicitados. Caso tudo estivesse em ordem começaria no dia seguinte a estimulação ovariana.

Sair da clínica direto para um laboratório para fazer os exames solicitados e em seguida retornei ao meu lar. Chegando em casa verifiquei que minha menstruação havia completamente desaparecido, mas não dei muita bola para aquilo. Estava com muita esperança de começar meu tratamento no dia seguinte.  Mas, para minha surpresa no dia seguinte após nova ultrassom e verificação de exames ao invés de ser liberada para começar o tratamento retornei com uma solicitação de um BETA HCG. Meu estradiol estava alto, o corpo lúteo ainda estava presente e o que pensamos ser menstruação no dia anterior poderia ter sido sangramento ocasionado pela nidação.

Meu coração se encheu de esperanças. Talvez eu estivesse grávida. Possivelmente o Senhor teria se compadecido de mim e realizado o milagre da maternidade em mim...

A tarde já com o resultado do BETA em mãos soube que não estava grávida e liguei para uma das médicas lá da clínica para saber qual seria o meu próximo passo. Ela falou que esperasse minha menstruação descer definitivamente e voltasse a entrar em contato para uma nova ultrassom.

No dia seguinte (sexta feira) de tardezinha pareceu que minha menstruação finalmente tinha vindo com força total e eu liguei para a mesma médica e agendei uma nova ultrassom para o sábado pela manhã. Assim que desliguei o telefone voltei ao banheiro e confirmei que o sangramento havia parado mais uma vez. Mas, não tive coragem de ligar novamente desmarcando a ultrassom. 

No sábado pela manhã quem fez a minha ultrassom foi a médica que faria a minha punção folicular e mais uma vez foi cogitada a possibilidade de está grávida, pois ainda havia presença de corpo lúteo. Ela quase chegou a solicitar um novo BETA. Mas, pediu que eu aguardasse até a segunda feira e se caso minha menstruação descesse até lá eu retornasse para uma nova ultrassom.

No domingo pela manhã a minha menstruação finalmente deu o ar da sua graça. E dessa vez veio com força total! Na segunda eu retornei para uma nova ultrassom e dessa vez o corpo lúteo finalmente havia regredido. Só teria que fazer novos exames hormonais e no dia seguinte (30/04/2013) poderia começar a aplicar o gonal após uma nova ultrassom.

A noite recebi uma ligação que quase me fez desisti de todo o tratamento. Estava confirmado. Minha mãe havia sido diagnosticada com um câncer no colo do útero e agora eu estava completamente sem chão. Então consultei ao Senhor a respeito da forma que deveria proceder e ele me orientou a prossegui com o tratamento e assim fiz. No dia seguinte retornei a clínica fiz uma nova ultrassom, recebi orientações de como aplicar a medicação e a noite eu mesma apliquei a primeira dose da medicação mesmo com as mãos trêmulas e o coração em soluço...

O resto desse capítulo da minha vida eu irei descrevendo aos pouquinhos...

domingo, 21 de julho de 2013

Sem tempo...

Tenho muitas coisas a dizer, mas no momento não tenho tempo suficiente... vou apenas deixar registrado a minha convicção de que Deus está trabalhando em meu favor. Ele tem escutado o meu clamor e fará o impossível acontecer em minha vida!




quinta-feira, 18 de julho de 2013

Por enquanto a transferência dos meus bebezinhos está em segundo plano...


Estou numa correria louca em pleno recesso escolar. Meu dia a dia tem se restringido aos afazeres domésticos e idas incessantes para o Hospital do Câncer aqui de Pernambuco. Alguns dias chego lá ás 8: 00 horas da manhã e retorno para casa as 9: 00 da noite...

Como mencionei em publicações anteriores alguém que amo muito foi acometida pelo câncer de colo de útero e eu me sinto no dever de acompanhá-la em todas as suas consultas e seções de radioterapia e quimioterapia. Está sendo uma batalha muito árdua, mas louvado seja Deus por tudo! Ele tem estado conosco em todo tempo e certamente nos dará vitória!

Por esse motivo talvez tenha que adiar a transferência dos meus bebezinhos para o mês de Setembro e isso me parte o coração, mas se for necessário farei esse grande sacrifício e acredito que se meus bebezinhos pudessem ser consultados e tivessem a capacidade de opinar  eles mesmos me aconselhariam a tomar essa decisão, afinal de contas quem está lutando como uma brava guerreira contra essa enfermidade maligna é ninguém mais e ninguém menos do que vovó deles (minha mãe).

domingo, 14 de julho de 2013

Um dia minha espera terá fim... Fatalmente serei mãe!


Estava relendo algumas publicações antigas do meu blog e vi que em fevereiro de 2011 eu falava na possibilidade de fazer uma FIV no ciclo seguinte. Estava convencida de que aquele seria o meu último ciclo de tentativas antes da minha primeira FIV. Dois anos e cinco meses depois ainda estou aqui falando sobre a minha primeira FIV...

Os motivos que me levaram a recorrer a esse tratamento ainda são os mesmos (pretensão de esgotar todos os meus recursos na tentativa de engravidar). A fé também é a mesma! E mesmo que essa minha tentativa seja vã, ainda assim continuarei esperando e crendo que Deus dará vida ao meu sonho de ser mãe!

Estou convencida de que nasci para ser mãe e nada e nem ninguém irá me convencer do contrário. Por mais difícil que pareça e mesmo diante de todas os empecilhos que a vida tem se encarregado de colocar diante de mim um dia eu terei a grata satisfação de abraçar o bebê que tenho esperado pacientemente ao longo de todos esses anos...

sábado, 13 de julho de 2013

Brevemente ser tentante será apenas uma lembrança...


Ao longo desses mais de quatro anos de espera vi tantas mulheres próximas a mim engravidarem que até perdi a conta de quantas foram... Esse ano no entanto, bateu o recorde absoluto! Meus dedos das mãos não conseguem enumerá-las...

Tentando agora mesmo fazer uma lista com os seus respectivos nomes contabilizei 12 delas, mas acredito que existem outras que no momento não estou conseguindo recordar...

Lembram da colega do trabalho que mencionei aqui? Pois bem, ela também está grávida. Louvo ao Senhor que dessa vez eu não fiquei desapontada por ainda não ter engravidado apesar da forte sensação de que todo  mundo está  engravidando a minha volta exceto eu.

Deus tem seus propósitos na vida de cada um e somente ele sabe qual é o momento ideal de me inserir no grupo das mulheres grávidas... por hora me sinto de certa forma privilegiada por fazer parte de um grupo de mulheres guerreiras que sonham o mesmo sonho, o sonho de serem mães! Ser tentante, fez de mim uma pessoa muito mais forte. Creio em Deus que brevemente todas nós (tentantes dessa blogsfera) seremos agraciadas com a dádiva da maternidade e os dias difíceis como tentantes serão apenas uma lembrança... 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Voltei a sonhar com meu pequenininho(a) enquanto durmo...


Mês passado eu comentei sobre a saudade que estava sentindo de sonhar, enquanto durmo, com o bebê que sonho de olhos abertos, quer seja em meus braços ou mesmo ainda dentro de mim...

Contudo, essa semana tive a grata satisfação de voltar a sonhar com ele. Ele ainda não era um bebê de fato. Não pude vê-lo ou tocá-lo. Apenas sabia que ele estava dentro de mim... 

Nesse sonho específico eu descobria que finalmente estava grávida e grande era a minha alegria, mas bem lá no fundo estava um pouco desapontada pois sabia que os meus outros quatro bebês, que estão lá na clínica de fertilização, fatalmente teriam que aguardar mais alguns anos para finalmente virem se aninhar em meu ventre.

Enquanto um turbilhão de pensamentos borbulhava em minha mente (enquanto ainda dormia) fui acordada abruptamente pelo despertador de um celular que estava no quarto ao lado. Nesse exato momento um largo sorriso despontou em minha face. Senti mais uma vez que está muito próximo o dia em que eu finalmente serei mãe! Espero que dessa vez eu não me engane novamente e que no próximo mês a transferência dos meus bebezinhos culmine em uma gravidez de fato.

Tomara que esse sonho seja apenas um sinal do Senhor de que maternidade finalmente resolveu abrir os seus braços  para mim!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Essa tempestade vai passar...


Deus tem estado comigo em todo tempo, a sua mão tem me sustentado e a sua palavra é o meu alimento...

Louvo a ele por tudo que ele tem feito por mim, pois mesmo sem merecer em nenhum momento ele me desamparou.

Por mais difícil que pareça essa tempestade que se levantou sobre a minha vida irá passar. Deus está no controle de tudo e certamente não deixará o meu barco naufragar.

Mesmo no meio de um grande furação sinto paz em meu coração. Tenho a firme convicção de que o mesmo Senhor que cessou os ventos e acalmou o mar em tempos passados virá também para a proa do meu barco e dirá mais uma vez "acalma-te vento e aquieta-te mar!"

Brevemente cantarei o hino da vitória e todos vocês serão testemunhas dos grandes feitos desse Deus em minha vida!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Ainda sem tempo se pensar em minha infertilidade...


Senti muita vontade de vim aqui esses dias deixar algum registro; falar mais uma vez sobre o sonho de ser mãe. Mas, não tive tempo e nem ânimo para isso. No quarto ao lado alguém que amo muito tenta, agora mesmo, repousar a sua cabeça sobre um dos meus travesseiros na esperança de ter um sono tranquilo após mais uma seção de radioterapia (a terceira de trinta).

A sua luta contra o câncer está apenas começando, creio que ela terá um final feliz, mas não consigo compreender muito bem porque ela necessite passar por essa tamanha provação... se pudesse eu mesma arrancaria essa enfermidade e decretaria a sua cura. Como não detenho esse poder, resta-me tão somente acompanhá-la todos dias ao hospital, onde ela está sendo tratada, e interceder ao Pai para que ele opere esse milagre em sua vida!

Portanto, não estranhem se por acaso não voltar a escrever sobre o sonho da maternidade com a mesma paixão de sempre... no momento estou completamente sem tempo de pensar em minha infertilidade

terça-feira, 2 de julho de 2013

Eu e meus bebezinhos...


Desde que soube que tinha quatro projetos de gente que fico imaginando quantos deles são meninas e quantos são meninos? Se de repente tem algum que se parece comigo ou se todos eles se parecem com o pai? Se todos eles tem os meus olhos negros ou  se alguns deles tem os olhos castanhos do pai ou mesmo os olhos claros dos primos? E tantas e tantas outras perguntas...

Parece bobagem, vai vê que é mesmo, mas sabendo que cada um deles já tem a carga genética que determinará todas as suas características físicas, é inevitável não pensar como como cada um deles será caso venham a esse mundo encher o meu coração de alegria...

Sei que é meio insano se comportar como se eles já fossem bebezinhos quando na verdade ainda são apenas alguns aglomerados de células... mas, não consigo me comportar de uma outra maneira... esperei tanto tempo para conceber uma vida que quando soube que finalmente tinha concebido quatros embriões, mesmo sendo por técnicas de reprodução assistida,  tenho nutrido por eles o mesmo amor que nutriria se tivesse conhecimento que concebi uma vida naturalmente...

Tenho conhecimento que talvez nenhum deles se fixe a parede do meu útero e tenho me preparado psicologicamente caso isso venha acontecer, mas quero e vou continuar acreditando que já na primeira transferência terei a grata satisfação vê o meu sonho de ser mãe se tornar real!

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